Muitas vezes o ensino de ciências se foca em decorar peças e modelos anatômicos, saber de cor toda a tabela periódica, saber os nomes dos principais órgãos, músculos, tendões, fato que tem origem no sistema tradicional de ensino. Nele, o decorar era o mais importante, achava-se. Saber e conhecer o mundo é sim importante, entretanto, é mais proveitoso entender não somente como funcionam as estruturas mas também a interação entre elas.
Lendo a BNCC, encontra-se a habilidade EF06CI09 que diz que os alunos devem ser capazes de “deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos animais resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso”. Ou seja, apenas decorar os nomes não é mais tão recomendado, devemos saber como diversos sistemas interagem, bem como reconhecê-los em nosso próprio corpo e como eles permitem que realizemos todas as nossas atividades diárias, como caminhada, o simples levantar um copo, atividades físicas e entre outros.
Assim, através de uma atividade prática que une arte à ciência, os alunos sentiram, identificaram e pintaram as estruturas do antebraço e da mão de um colega com tinta.
Com o auxílio de livros de anatomia, os alunos se aventuraram, identificando através do toque, os ossos. Precisava-se saber onde estavam o rádio, a ulna, ossos do punho, carpos, metacarpos, falanges, e após manter os membros na posição de supinação, eles foram desenhados e pintados.
Em seguida foi a vez dos nervos, identificados, desenhados e pintados. Por fim, os alunos realizaram movimentos para identificar onde começavam cada um dos músculos, qual era o seu formato e se ele participava ativamente dos movimentos realizados. Os músculos foram desenhados e pintados seguindo o sentido das fibras musculares, respeitando as inserções e tendões.
Após o desenho, os alunos realizaram movimentos novamente agora vendo na ‘prática’ os três sistemas interagindo. Desta maneira, os alunos não precisam decorar e imaginar como são os músculos, agora eles podiam visualizar esses movimentos.