O dia a dia estressante e o excesso de compromissos muitas vezes nos afastam daquilo que mantém nossa saúde em dia. É a alimentação adequada e saudável, aliada à atividade física e a higiene do sono, que nos afasta das doenças crônicas, como obesidade, hipertensão, diabetes, ansiedade, depressão e até mesmo do câncer.
Porém, mesmo com a correria diária, muitas pessoas não querem deixar de lado o cuidado com a saúde, e procuram por opções que atendam todos os requisitos no que diz respeito à facilidade, praticidade e que ao mesmo tempo seja saudável, nutritivo e saboroso. E é no meio dessa procura que a indústria e o mundo da propaganda vendem produtos que ocupam lugares na nossa rotina alimentar. Alimentos que prometem saúde, bem estar, refeições ricas em nutrientes, sais minerais e vitaminas, entretanto precisamos tomar cuidado e estar bem informados quanto a esses alimentos, pois parecem saudáveis, mas na verdade, não são!
Atenção e orientação são indispensáveis, pois é em consequência desse consumo não saudável, que começam a surgir os problemas de saúde.
Sendo assim, não dá para falar em alimentação adequada e saudável sem mencionar a comida de verdade. Ou seja, refeições preparadas com alimentos frescos, obtidos direto da natureza, que passam por quase ou nenhum processo, como frutas, legumes, verduras, tubérculos, ovos, arroz e feijão.
Muitos alimentos parecem bons, mas contêm diversas substâncias prejudiciais à saúde. Com o processo de industrialização, eles ganham açúcar, sal, corantes e aditivos em excesso, não sendo tão saudáveis quanto você pensa.
Esses alimentos, que aliás, nem deveriam ser chamados de alimentos, mas de produtos comestíveis ultraprocessados, pois possuem baixa concentração nutricional, não saciam e ainda nos fazem querer comer cada vez mais, pedindo “bis”.
Uma dica para saber se o alimento é ultraprocessado, é consultar a lista de ingredientes no rótulo. Os principais indicativos são: número elevado de ingredientes (cinco ou mais), com nomes pouco familiares e que não são usados nas preparações culinárias, como gordura vegetal hidrogenada, óleos interesterificados e xarope de frutose.
O Guia Alimentar para a População Brasileira orienta que devemos evitar esses alimentos por conta da composição nutricional desbalanceada, características que os ligam a ingestão excessiva de calorias e o impacto que as formas de produção, distribuição, comercialização e consumo, têm sobre a cultura, a saúde, a vida social e o meio ambiente.
O documento ainda destaca que o problema principal com alimentos ultraprocessados reformulados é o risco de serem vistos como produtos saudáveis, cujo consumo não precisaria ser limitado. Isso porque a publicidade explora suas alegadas vantagens, menos calorias e adição de vitaminas e minerais, por exemplo.
Elaboramos uma lista com alguns alimentos que parecem saudáveis, mas não são, preste atenção e evite seus consumos.
- Suco de caixinha
Quem nunca trocou o refrigerante por um suco de caixinha, por considerar ser mais saudável? Esse pensamento é muito comum, já que a bebida gasosa sempre foi uma das grandes vilãs da alimentação por conter níveis elevados de açúcar.
Mas escolher o suco de caixinha talvez não seja a melhor opção. Apesar do gosto realçado da fruta, a sensação de ser uma bebida saudável pode não ser tão verdadeira assim. Acontece que tanto o refrigerante, quanto os sucos industrializados estão no mesmo patamar, em relação aos danos ao organismo.
Em virtude da sua praticidade e sabor, os sucos de caixinha estão em toda parte, acompanhando refeições ou fazendo parte dos lanches de adultos e crianças. No entanto, esses produtos são carregados de aditivos químicos, como corantes e aromatizantes, além do sódio, açúcar e adoçantes para as versões com menos calorias.
- Peito de peru
Por conter uma grande quantidade de sódio em sua composição, o peito de peru pode não ser uma boa opção para ser consumida com frequência. Em algumas marcas o nível pode superar 1.000mg de sódio a cada quatro fatias, ou seja, mais de 1g de sal. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda o consumo de 5g por dia. Os embutidos, como são chamados nesta categoria de alimentos, levam em sua composição um aditivo chamado Nitrato, que no estômago pode converter-se em nitritos, que por sua vez transformam-se em nitrosaminas, famosos agentes carcinogênicos. Outro ponto a ser levado em consideração é que o elevado consumo de sódio pode causar hipertensão arterial, favorecendo o risco de AVC (acidente vascular cerebral).
- Pães integrais
Alguns pães integrais atraem o consumidor por parecerem saudáveis, mas nem sempre são. Muitos são preparados com grãos refinados e não trazem os benefícios do alimento integral. Mais uma vez, observe o rótulo e a lista de ingredientes: a farinha integral deve ser o primeiro item da lista, e portanto, o que está presente em maior quantidade, os pães 100% integrais são os mais indicados.
- Gelatina
Quando pensamos na gelatina como uma ótima opção de sobremesa ou suco, colorida e fácil de ser consumida, nos enganamos, pois gelatina não é um alimento saudável. A quantidade de produtos nocivos à saúde presente nessa sobremesa é grande, composta por muito açúcar, corantes, aromatizantes e conservantes. Essa quantidade de produtos químicos não faz bem para o organismo de forma alguma!
- Biscoitos integrais
A bolacha integral é elaborada com farinha de trigo integral ou algum outro tipo, como a de arroz ou a de aveia. Em alguns casos, ela também pode ser enriquecida com outros grãos e cereais integrais. Por isso, costuma ter um pouco mais de fibras e ser uma opção mais balanceada.
Contudo, isso não significa que o biscoito integral é saudável. Afinal, a maioria também contém farinha branca e é um produto industrializado. Além disso, é calórico, contém açúcar, aditivos químicos e gordura. Por isso, não deve substituir uma refeição e deve ser consumido com moderação.
- Pipoca de micro-ondas
Além da gordura e do sal, as pipocas de micro-ondas carregam vários componentes danosos à saúde. É fonte de gordura, contém grãos de milho geneticamente modificados e produtos químicos utilizados para conservar o sabor.
Sabe escolher os alimentos e programar com antecedência as refeições são as chaves para uma alimentação saudável com qualidade e constância. Para mais informações acesse:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf